Mariápolis - Encontro anual do Movimento dos Focolares

Congresso anual do Movimento dos Focolares da Região Centro Oeste. Atenção: note que os fatos aparecem na ordem invertida, dos mais recentes para os mais antigos!

domingo, 9 de julho de 2017

Mariápolis 2017 - Sábado à tarde - Os conflitos nos Relacionamentos de Unidade
















Margarete ilustra o tema com um depoimento sobre a
superação de conflitos no ambiente de trabalho:




Trabalho num Hospital de alta complexidade, onde o atendimento a doenças graves gera muita tensão nos servidores. Assim, é enorme o desafio de superar conflitos para atender bem o paciente.
Nestes últimos 3 anos, com problemas governamentais enormes, todas as dificuldades se multiplicaram: fechamento de leitos, cancelamento de contratos, manifestação de funcionários... nada sensibilizou o governo. Na busca de solução, trabalhei junto com colegas, tanto com a Direção do Hospital quanto com o Conselho Regional de Medicina (evitando interdição do setor), e também com o Sindicato, durante a greve, para encontrar soluções: os serviços essenciais precisavam ser mantidos.
Obviamente, com pensamentos diversos, os conflitos vieram, sobretudo no setor em que trabalho, que atende a todos os setores do Hospital, e não podia reduzir o atendimento.
Minha missão, administrando o setor, era manter firmeza e as reivindicações necessárias, garantindo os serviços essenciais.
Alguns funcionários jovens, muito revoltados com a inércia do governo, discordavam da minha firmeza em respeitar e manter os tratamentos mesmo durante a greve.
Mas, convicta da importância de construir o mundo unido, eu fiz minha parte, lembrando de amar sempre, também quando algum funcionário faltava com a verdade e distribuía notícias falsas a meu respeito.
Também com o sindicato o desafio foi enorme. Ali, o forte era usar de honestidade e sabedoria.
As negociações foram firmes e respeitosas.
A superação de conflitos me exigiu dirigir um olhar desarmado para cada pessoa, em especial para os funcionários do setor. Um olhar de amor para todos, superando o risco de guardar mágoas. Uma arte que só é possível com a prática do Evangelho.
Depois, o tempo passou, a crise no hospital ficou menos aguda e algumas pessoas que tinham se comportado mal, passaram a se reaproximar e me pedir atendimento quando adoeciam... Nova e dura experiência.
Mas, que era oportunidade para que amadurecessem sob muitos aspectos. (Superar a tensão decorrente do enfrentamento gerado por servidores mais jovens é indispensável, pois estão amadurecendo junto com todas as situações vividas).
O comportamento hostil de alguns servidores, de lideranças no setor, arrefeceu
Hoje, a crise da saúde no DF tem um novo cenário, bem ameaçador para o SUS. Precisamos nos reorganizar, como comunidade hospitalar, cientes do dever de servidores que devem cumprir o dever do bom samaritano, com as proposições exigidas pelos tempos atuais.
Há uma semana, entendi que precisava chamar estes servidores para um diálogo, amigo... Diálogo de gente que amadureceu.
Foi uma boa conversa, riquíssima.
A dor imposta pelos problemas governamentais e os desafios dos relacionamentos ensinou muito a todos nós.
Mas, o aprendizado de superação e conflitos é uma questão de atitude diária.
É recomeçar sempre

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