Jovens lançam o desafio do dia
sempre inspirados na vida de Chiara Luce
Em seguida, Lucas e Camila chamam Múcio,
que discorre sobre o tema central da Mariápolis:
sempre inspirados na vida de Chiara Luce
... e contam fatos em que puderam cumprir com o desafio:
Em seguida, Lucas e Camila chamam Múcio,
que discorre sobre o tema central da Mariápolis:
Jesus Abandonado
Chiara Lubich recorda a primeira “descoberta” de Jesus Abandonado:
“Um fato acontecido nos primeiros meses de 1944 nos levou a ter uma nova compreensão sobre Ele. Por uma circunstância, viemos a saber que o maior sofrimento de Jesus, e portanto o seu maior ato de amor, foi quando, na cruz, experimentou o abandono do Pai: ‘Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?’ (Mt 27,46). Ficamos profundamente tocadas com isso. E a jovem idade, o entusiasmo, mas principalmente a graça de Deus, nos impulsionaram a escolher justamente Ele, no seu abandono, como caminho para realizar o nosso ideal de amor. Desde aquele momento pareceu-nos encontrar o seu semblante em toda parte”.
Um momento foi determinante para a compreensão deste “mistério de dor-amor”. No verão de 1949, Igino Giordani foi encontrar Chiara, que tinha ido para o Vale di Primiero, na região montanhosa do Trentino (Itália), para um período de repouso. Com o primeiro grupo, vivia-se intensamente a passagem do Evangelho sobre o abandono de Jesus. Foram dias de luz intensa; tanto que, no final do verão, devendo descer daquele “pequeno Tabor” para voltar à cidade, Chiara escreveu, num só ímpeto, um texto que inicia com um verso que se tornou célebre: “Tenho um só esposo sobre a terra, Jesus abandonado… Irei pelo mundo buscando-o, em cada instante da minha vida”.
Muitos anos depois ela explicou:
“Desde o início entendemos que em tudo existe uma outra face, que a árvore tem as suas raízes. O Evangelho lhe cobre de amor, mas exige tudo. ‘Se o grão de trigo caído na terra não morre permanece só; se morre produz muito fruto’ (Jo 12,24). A personificação disso é Jesus abandonado, cujo fruto foi a redenção da humanidade. Jesus crucificado! Ele havia experimentado em si a separação dos homens de Deus e entre si, e tinha sentido o Pai distante. Nós o vimos não apenas nas nossas dores pessoais, que não faltaram, e nos sofrimentos dos próximos, muitas vezes sós, abandonados, esquecidos, mas em todas as divisões, os traumas, as separações, as indiferenças recíprocas, grandes ou pequenas: nas famílias, entre as gerações, entre pobres e ricos, às vezes na própria Igreja, e mais tarde entre as várias Igrejas, e depois ainda entre as religiões e entre quem crê e quem possui uma convicção diferente."
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